Marcelo Santos defende Espírito Santo em debate sobre privatização da Codesa

Presidente da Comissão de Infraestrutura sugeriu a criação de um grupo de trabalho para discutir ações do Governo Federal no Estado com representantes capixabas

Em uma rodada de encontros para debater a desestatização da Companhia Docas do Espírito Santo (Codesa). Nesta segunda-feira (14) foi realizada a segunda reunião, desta vez na Assembleia Legislativa do Espírito Santo (Ales). A desestatização está inclusa em pacote de medidas anunciado em agosto pelo Governo Federal.

Na ocasião, estavam presentes o presidente da Comissão de Infraestrutura da Assembleia (CoinfraES), Marcelo Santos, o diretor-presidente da Companhia Docas do Espírito Santo (Codesa), Júlio Castiglioni, o presidente da Ales, Erick Musso,  o diretor-geral da Casa, Roberto Carneiro, além de representantes do Ministério da Economia, Banco Nacional de Desenvolvimento (BNDES) e consultores de um consórcio contratado para a modelagem dos estudos. O BNDES é o responsável pela execução e pelo acompanhamento das medidas para desestatização.

Como primeiro item do pacote a ser privatizado, a Companhia vai servir como projeto piloto para outras estatais pelo país. A Codesa atua nos portos de Vitória, Capuaba e Barra do Riacho.

Buscando projetos para remodelar a Companhia, representantes do Governo Federal e da Codesa visitaram  portos em Valença (Espanha), Roterdã (Holanda) e Austrália, administrados pelo Poder Público e Privado. A previsão é que após a apresentação do plano de remodelagem, o leilão será realizado no primeiro trimestre de 2021.

“Não podemos simplesmente copiar o modelo Australiano ou Holandês. Temos que chegar em um modelo que vai dar dinamismo para o nosso porto competir com outros, mostrando que temos uma joia por aqui e esse pioneirismo da Codesa demonstra a confiança na economia capixaba”, disse Júlio Castiglioni.

Para Marcelo “não há trabalho técnico que prospere sem alinhamento político”, e é preciso que as discussões levem em conta a realidade local.

O deputado propôs ao governo do Estado a criação de um grupo de trabalho com representantes do Governo Federal, Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), Codesa, Agência Nacional de Transportes Aquaviários, Agência Nacional de Transportes Terrestres, além do Poder Legislativo e Executivo capixaba. O intuito é debater os projetos nacionais voltados para a área de infraestrutura, defendendo os interesses do Estado.

“É a primeira vez que o Porto procura a Assembleia para debater o tema. Uma atitude louvável e que demonstra a vontade de acertar que a direção da Codesa tem. Hoje o vento está favorável para o Espírito Santo e para esse projeto, com as contas organizadas e a harmonia entre os Poderes Instituídos. Temos aqui um porto importante no ponto de vista estratégico, mas que não tem suas potencialidades exploradas. O melhor modelo deve ser estudado para que gere mais valor para a logística do estado”, finalizou.

As discussões sobre a privatização da Codesa, organizadas pelo Governo Federal, serão realizadas nas próximas duas semanas com diversos setores da sociedade, como a Federação das Indústrias do Estado do Espírito Santo (Findes), Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), Universidade de Vila Velha (UVV), Prefeitura de Vitória e de Vila Velha, entre outros.

Por Guto Netto

Fotos: Bruno Fritz

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